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A vida faz com ela consiga ver, perceber e sentir… O quão o coração dela é enorme demais, tudo que tolerou pra ser aceita e se sentir “amada, desejada, cortejada, bem quista”. A cada ida ao mar os pensamentos faz com que ela reflita todos esses anos de relacionamentos e quando passa uma peneira ela vê que os que mais doeram foram marcados por situações difíceis de assimilar que realmente estavam acontecendo… Os 82km a cada encontro, os 15 meses de engano, a toxicidade que geraram agressões físicas e principalmente emocionais, aquele que ficou por estar por ‘pena’, o que fez dela um esconderijo por medo de realmente saber quem é. E ela sempre com uma dedicação extrema, todo aparato possível, sem deixar faltar nada, mudança feita, gostos, motorista particular, vista grossa nos desconfortos, calada, servindo, sempre sorrindo… Porque o mundo dela podia cair, mas o alheio não! E tudo isso pra que?
Ainda bem que as coisas mudam, que depois de isso tudo ela olha pra trás e vê o quão não é mais necessário tolerar… E que hoje é que ela vê o quão maravilhosa é, o quão mega sena é viver uma vida ao lado de quem se dispôs a fazer sem querer nada em troca, que ter uma vida leve e fluida só faz com que os dias de felicidades perdurem. Hoje ela percebe que não precisa aceitar mais nada de ninguém, que a qualquer mínimo desconforto ela pode pular do barco, sem medo… Porque ela sabe nadar! E que tudo que ela plantou com esse coraçãozinho inocente, ela vai colher… E isso faz com que ela não tenha medo da colheita e sim que ela continue enxergando quais posicionamentos ela deve tomar, quais limites estabelecer!
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